Indústria no Brasil (Sistema Fibra) – Brasília: Uma capital mais industrializada

Brasília: Uma capital mais industrializada

Brasília é um dos principais polos econômicos da Região Centro-Oeste, apresentando a melhor qualidade de vida e o mais acelerado crescimento econômico do País. Isso se deve, em parte, pelo processo de consolidação de um setor produtivo que, aos poucos, vai ganhando espaço em detrimento do funcionalismo público tão marcante na capital federativa do Brasil.

Brasília nasceu para ser o centro político e administrativo do País. Entretanto, nos planos visionários do ex-presidente Juscelino Kubistchek sempre existiu o desejo de trazer a rota do desenvolvimento econômico e social para a região central do Brasil. Assim, ao longo dos seus 50 anos, milhares de brasileiros foram desembarcando no Planalto Central, não cabendo apenas ao setor público receber a mão de obra necessitada de oportunidades. E o perfil da Capital Federal foi se adaptando.

Hoje, o Distrito Federal consolidou seu comércio e sua oferta de serviços e também possui um setor industrial que se firma cada vez mais no cenário econômico. Temos aqui diversos segmentos, com construção civil, metalurgia, TI, alimentação, vestuário, moveleiro, grãos, gráfico, eletroeletrônicos e lavanderias. E existe ainda uma forte tendência para recebermos mais indústrias nas áreas de fármacos e também semicondutores.

A proximidade com as esferas do poder é uma aliada no processo de negociação para que se possa atrair mais empresas e movimentar a economia da Capital Federal brasileira. Brasília possui condições competitivas para isso: localização estratégica e forte mercado consumidor. A industrialização é a melhor alternativa para gerar mais renda e emprego. A participação da indústria no PIB do Distrito Federal atualmente é de 10,2%. A projeção é de que esse percentual suba para 15% até 2015.

E é neste projeto que a Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra) encontra a sua razão de existir. Nascida para agregar um dos mais importantes setores produtivos da Capital, a entidade chega aos 40 anos com o propósito de continuar como principal propulsora do desenvolvimento econômico e social da Capital Federal.

A indústria do DF representa 8,8% do Produto Interno Bruto (PIB) do DF e é composta por cerca de 4,8 mil empresas que empregam em torno de 120 mil pessoas. Desagregando o setor, os destaques são a Construção Civil (com 340 empresas e 21 mil pessoas empregadas) e a Tecnologia da Informação e Comunicação – TIC (com 437 empresas empregando 10 mil pessoas). Na Indústria de Transformação, o setor de Alimentação possui 113 empresas, empregando 6 mil pessoas; são 197 empresas do setor Gráfico, que emprega 2 mil pessoas; e o Metalometânico possui 167 empresas e 1,5 mil pessoas empregadas.

É a força motora das empresas que alavanca o processo de oferta de emprego e renda para a população. A Fibra defende a bandeira das indústrias do Distrito Federal, fazendo-se presente nos principais palcos de discussão dos assuntos afetos a este segmento que desempenha a principal atividade econômica do Brasil. Esta defesa de interesses visa, sobretudo, promover um ambiente mais atrativo para investidores e mais produtivo para as empresas já instaladas no parque industrial, a fim de buscar sempre o desenvolvimento social econômico, de forma justa e equilibrada.

Mantendo um bom relacionamento com os poderes legislativo e executivo, a Federação consegue, a partir do mandato do atual presidente, Antônio Rocha, pautar as proposições em discussão no âmbito local por meio da Agenda legislativa da Indústria do DF, que neste ano comemora 10 edições.

Mas, as ações não param. Uma das bandeiras da Fibra é inserir a indústria no mercado internacional. Deste modo, se busca o incremento das exportações. Para isso, a Fibra participa de missões ao exterior e promove a reunião de delegações empresariais na sede da Federação das Indústrias, para que neste intercâmbio haja maior exploração sobre as potencialidades e atividades da Capital Federal.

Ao mesmo tempo, a Fibra atua na atração de investimentos para o DF. Uma prova disso é o Parque Tecnológico Capital Digital (PTCD), empreendimento a ser erguido numa área de 123 hectares próximo à Granja do Torto. O segmento de TIC é uma das vocações da indústria local.

Estrutura da FIBRA

A Fibra tem em sua estrutura três braços importantes na missão desenvolvida ao longo destas quase quatro décadas de fundação. O Serviço Social da Indústria (Sesi/DF), marca da responsabilidade social ao trabalhador da indústria está presente na sociedade da capital brasileira colocando à disposição os serviços de educação, saúde, esporte, lazer e cultura.

No mesmo grau de importância, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai/DF), braço do ensino profissional e qualificação de mão de obra para a indústria local, está presente em pontos estratégicos da cidade, oferecendo capacitação profissional com elevado grau de qualidade, formando profissionais com o perfil ideal demandado pelo mercado de trabalho do DF.

O terceiro elo é o Instituto Euvaldo Lodi (IEL/DF), que faz a integração entre as escolas, universidades e as indústrias, na oferta de estágio, capacitação empresarial e estudos e pesquisas demandados pelas empresas instaladas no parque industrial.

Mãos à Obra

A Fibra tem em sua estrutura organizacional, além das diretorias Executiva, Plena e Conselho de Representantes, importantes núcleos temáticos que estão sintonizados com as vocações da indústria brasiliense e, sobretudo, com os anseios do empresariado. Estas diretorias temáticas atuam nas seguintes áreas: defesa de interesse da indústria desenvolvimento sindical e relações do trabalho; desenvolvimento tecnológico; e assuntos ambientais.

São as diretorias que norteiam o trabalho das assessorias técnicas que complementam a organização da federação, acompanhando as ações desenvolvidas no âmbito dos programas públicos de promoção do desenvolvimento econômico; realizam levantamentos periódicos de dados socioeconômicos sobre o Distrito Federal, bem como a elaboração de estudos e análises sobre diversos temas de interesse dos setores; coletam, analisam, tratam e divulgam a legislação de interesse do setor industrial; desenvolvem e promovem ações relacionadas à expansão do movimento associativo sindical patronal e identificam oportunidades para a indústria local, seja no Brasil ou no exterior.

Defesa, Estratégias e Planejamento

Cabe à Fibra, ainda, dirigir e definir as estratégias de atuação das demais entidades do Sistema Fibra, cujas ações devem estar em consonância com as entidades de âmbito nacional. A atuação da Fibra, neste sentido, visa desenvolver uma cadeia de sustentação dos interesses da indústria em todas as suas frentes de atuação. Com isso, a Fibra converte esta atuação em resultados positivos para o crescimento e fortalecimento econômico e social da Capital Federal.

“Nosso desejo é que Brasília se mantenha com os melhores indicadores sociais, o maior nível de instrução e a melhor qualidade de vida do Brasil e que essa marca seja revertida em bons índices econômicos, trazendo para a Capital Federal um caráter mais empresarial e menos político-administrativo”, observa o presidente, Antônio Rocha.