A FUNDE Desempenha um Papel Essencial em Programas de Reassentamento

Rosânia Pereira da Silva, Directora Executiva da FUNDE (Fundação Universitária para o Desenvolvimento da Educação), fala sobre programas de reassentamento de famílias.

Rosânia Pereira da Silva, Directora Executiva da FUNDE (Fundação Universitária para o Desenvolvimento da Educação), fala sobre programas de reassentamento de famílias.

“Fomos contratados pela Vale/CDN, para auxiliar no reassentamento de famílias em Nampula. Esses reassentamentos servem para remanejar famílias que moram nos lugares que receberão novas construções, como o caminho-de-ferro. O projecto de caminho-de-ferro se estende de Cuamba a Nacala-Porto e foi necessário realocar as famílias que viviam nesse trajecto para poder continuar a construção. O nosso projecto passa pela transferência dessas famílias para um domicílio provisório, até que as suas novas casas estejam prontas e a sua posterior transferência para a casa definitiva e seu acompanhamento social. Não somos nós que construímos essas casas, mas sim as construtoras. Nós gerenciamos o processo e fazemos a ligação entre essas famílias, a CDN e as construtoras. Tentamos garantir que as famílias aceitem essas casas como suas. Há alguns anos, quando não havia esse tipo de acompanhamento, as famílias eram removidas de suas casas e, ao chegar ao novo imóvel, não sabiam se lhes pertencia ou se havia sido emprestado pelas companhias. Estamos a trabalhar também em programas sociais para as famílias: mostramos como usufruir da nova casa e ensinamos novos métodos de higiene, por exemplo, uma vez que essas pessoas vêm de habitações precárias, sem casas de banho, enquanto as novas casas têm uma infra-estrutura melhorada. Acompanhamos as famílias durante um ano, se precisarem de ajuda ou tiverem problemas de adaptação. Fazemos também o processo de documentação e registo documental mostrando o que está acontecendo, para que no futuro as pessoas entendam como surgiu esse novo bairro. Para nós, o reassentamento não é só o processo de remover uma família, demolir uma casa e providenciar outra. É muito mais do que isso. Entendemos que tudo isso terá um impacto social, cultural e económico nas vidas das pessoas”, explica Rosânia Pereira da Silva.

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